deito a cabeça e não durmo
como coruja pela noite
assim sou, noturno
caneta, papel e vela
como pintor eu vou
esboçando a minha tela
frustração de não durmir
espalho no papel
para um dia conseguir
pousar a cabeça e adormecer
entrar em meu próprio mundo
e minhas maravilhas ver
enquanto não consigo
com a caneta vou esboçando
e o sono eu persigo
sonolência desejada
desde cedo me preparo
para sua grande chegada
que ocorrerá com muita pompa
champagne e música assim desejo
nesta grande festa de arromba
diferente da morte
esta que é esgoista
enquanto prepara o corte
o corte na alma que levara a vida
livrando assim o pobre vagabundo
das mais doidas feridas
mas isto é assunto para outra hora
se meu querido sono não chegar
por enquanto ele demora
seria bom controlar
a nossa sonolência
É, pelo menos imaginar
seria como viajar
controlar a hora
de dormir e de acordar
melhor ainda seria lembrar
do que eu estava durante
a noite toda a sonhar
com mundos daqui e que não vemos
estão dentro de nossa cabeça
para que vejamos quando que adormecemos
Já avisto ele chegando
é como se por estes versos
eu o estivesse chamando
vem leve e sorrateiro
como o nobre lobo
desce ao galinheiro
meu entusiasmo aumenta
o coração acelera
minhas pernas mal aguentam
É chegada a minha hora
o sono me abraça
e eu vou sem demora
domingo, 18 de outubro de 2009
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário