terça-feira, 27 de abril de 2010

A fita

Fecho os olhos e onde estou?
Penso um pouco e quem sou?

Vou rebobinando a fita
vendo as imagens para trás
esperando que alguém me diga
para onde o futuro vai

gente morta cheia de vitalidade
impérios destruidos na flor da idade

Tudo se reconstrói e se cria
mas a minha carne ainda fria
Grita quem sou eu?
que futuro é o meu?

onde minha vida foi parar eu não sei
o culpado que admita, eu errei


A fada

A fada verde vem chagando
as luzes vão dançando
o coração acelerando
a mente despertando

  Abro os olhos e vejo o mundo
ele é mais profundo
do que sempre acreditei

  A luz, a sombra
A forma, o cheiro
o movimento
o sentimento

  Se tudo tem sentido, cadê o meu?
Se amor é imortal, onde está romeu?
Se a luz é mais forte, pra quê a noite?
Se a paz é boa, quem inventou o açoite?

  Perguntas vazias levando a nada
enchem minha mente e ela embala
A fada verde me fala

  mas não entendo
ela grita
estou descendo

  me joga neste buraco pelos cabelos
poço de ilusões, abismo profundo
de olhos abertos vejo meus pesadelos
lentamente deixo o mundo

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Estrelinhas

Escuto os loucos risos
Rios transbordantes, brilhos inconstantes
de estrelas que só querem brilhar

  Vejo a vossa dança
Nesta grande ansia
de se destacar

  O brilho se espalha
os olhos pela sala
sorrisos de canto
Cinicos canticos

  Tua verade e falsidade
já se perderam na eternidade
enquanto fico a olhar
a tua louca vontade de brilhar

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