segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Balada do Pato

Certa vez, em um dia tenebroso, escuro e bem chuvoso
estava um pato vagando em um deserto árido
E pensando onde havia torrado a sua vida
se lembrou de uns anos atrás e começou a querer comida

Como a sua existência, principalmente para a ciência
havia sido imprestável, algo imaginável
Então se lembrou, da pata que amava e abandonou
para realizar seus sonhos egoístas, de ser barista, stripper e ator de filme pornô

Perdido nesta vida, nas drogas mergulhou, cheirou e injetou
Quando não restava mais alegria, uma pílula ele engolia

A vida mudou, na loteria ele jogou, acertou e ganhou
Comprou uma ferrari, jatos e quadros de portinari
tinha uma casa, dois cachorros, 3 piscinas e um lago aquecido
Todos os dias a casa vivia cheia de patas, mulheres e alguns travestis.

E foi então que a tristeza do pato apareceu, um traveco ele comeu
Pegou AIDS, torrou a grana em tratamento e clareamento
Já pobre, ele ia andando pelas ruas apenas nu
enquanto pensava: "Será que algum dia acharei a pata que me amava?"

Posted via email from horsearaujo's posterous

Nenhum comentário:

Postar um comentário