segunda-feira, 28 de setembro de 2009

A maldição

Sozinho ali, parado
o mais forte dos fortes
O escuro esconde, sem medo
por onde
As lágrimas escorrem,
roliças, sofridas
O vão se abre, detonado
rasgado a sabre
O mais forte já não é
Os cacos que esconde
a podridão que emana
do cenário destruido,
mundo linear, corrompido
Corrompido pela flor,
fina flor que torna os sãos
e os fortes
em meros fantoches
Qual a razão?
Cadê o porque?
Pra que destruição?
Sádica, a sádica
flor que debocha,
que ri e faz os
outros de fantoche
Como brinquedo de criança
arrancando os braços
de um boneco ate chegar
no coração
Dos sãos que tornam loucos
Dos loucos que tornam sãos
Dos presos, dos livres
Dos que vivem em vão
e todos condenados a
eterna maldição
Chorar, sorrir,
fazer o que quiser
Porém sofrer,
no cerne sofrer,
no mais profundo, sofrer
por dentro de tudo, sofrer
em meio a alegria e a tristeza sofrer
As lágrimas rolam,
sofridas, doídas
Mas não apagam a maldição
viver eternamente, sem um coração

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